Mobilidade

Cinco anos de vigência da tarifa fixa no transporte coletivo rural

Antes da licitação da linha, o valor era cobrado conforme a distância percorrida, onerando mais os passageiros que residem em localidades distantes

Foto: Volmer Perez - DP - Ônibus circulam cerca de 2.178 quilômetros diariamente, percorrendo nove linhas pela zona rural de Pelotas

Nos últimos cinco anos, mais de 2,2 milhões de passagens foram registradas no transporte coletivo rural. O período é o mesmo da vigência da tarifa única para todos os passageiros, independente da distância entre o destino no interior e a zona urbana de Pelotas. Até 2019, os valores cobrados variavam conforme os quilômetros rodados e dependendo da localidade, a tarifa poderia custar próximo da casa dos R$ 20. A partir da licitação da linha de ônibus, todos os usuários pagam R$ 5 assim como os que utilizam os coletivos urbanos.

Antes da fixação da tarifa, o destino mais caro era a Colônia Triunfo, que na época custava R$ 18,70. Com a correção do valor para 2024, somente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), excluindo outros encargos que compõem a cobrança, a passagem estaria em R$ 23,40. De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Flávio Al-Alam, a diferença entre a tarifa do usuário (R$ 5) para a de remuneração total do sistema, atualmente de R$ 13,30, é paga pelos cofres públicos. Mensalmente, os coletivos rurais transportam 37 mil usuários pagantes além do contingente com direito à gratuidade, como idosos, PCD e acompanhantes.

Os passageiros
As conhecidas paradas de ônibus que se estendem por quase uma quadra na rua General Neto, entre General Osório e Santa Tecla, normalmente estão lotadas nos finais e inícios de tardes de moradores do interior aguardando os ônibus para retornar às suas localidades. Uma dessas pessoas é Rudinei Diehl, morador do 4º distrito, ma região conhecida como Grafite, que para voltar para a casa, enfrentaria uma viagem de cerca de 2h30min. Usuário periódico do transporte coletivo, para ele a fixação da tarifa foi sinônimo de uma grande economia. “Lá do Grafite até aqui dava R$ 17,80 se não me engano. Agora está R$ 6 [em dinheiro], maravilhoso, pena que as estradas não ajudam, então o ônibus que era para levar duas horas, leva quase três. Ajudou [a redução do valor] não só a mim como a todos, tanto é que os passageiros aumentaram muito”, contata. Ele ainda explica como era a logística mais comum antes do valor único. “O pessoal vinha de carro ou ia mais para Canguçu que é pertinho da nossa zona ali porque era muito caro”.

Diehl relata ainda que a economia foi um benefício para a maioria dos passageiros, principalmente para aqueles que residem em distritos mais distantes e que muitas vezes não tinham condições de arcar com os valores. “Para quem tem quer vir mais seguido ou com a família, imagina casal com filho pagar R$ 17 ou R$ 18 para cada um só para vir, dá uma média de R$ 35 por pessoa”, calcula.

Números
De acordo com informações da Prefeitura, para garantir a universalização do valor da passagem, o Município repassa cerca de R$ 300 mil mensais ao operador dos serviços a tarifa de remuneração. É um subsídio da diferença sobre cada passagem, calculado com base na planilha de custos operacionais. A frota a serviço da zona rural é composta por 17 ônibus e um micro-ônibus. Os coletivos percorrem 2.178 quilômetros por dia, com as linhas Arroio Moreira, Bachini, Colônia Maciel, Gruppelli, Santa Silvana, Rincão do Andrade, Monte Bonito, Gama e Cascata.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Confira as vagas do Sine do dia 3 de maio Anterior

Confira as vagas do Sine do dia 3 de maio

Feriado do Dia do Trabalhador terá serviços essenciais em Pelotas Próximo

Feriado do Dia do Trabalhador terá serviços essenciais em Pelotas

Deixe seu comentário